Fios de alta tensão: Não deixe que o stress atinja seus cabelos!

Quando as emoções fogem do nosso controle, os nervos não ficam apenas à flor da pele. Eles também "colam" nos cabelos. O aparecimento de caspa e a queda acentuada estão diretamente ligados ao stress, seja ele causado por pressão no trabalho, crise no relacionamento, preocupação com os filhos, doenças graves, etc. Essas situações podem provocar um desequilíbrio no organismo devido ao aumento do hormônio cortisol, que altera o ciclo de vida dos fios e aumenta a produção de sebo. Geralmente aparecem entre um e quatro meses após o episódio estressante e não escolhem sexo nem idade. O diagnóstico é feito depois de descartadas as alterações na tireoide, anemias e outros problemas que afetam os fios. Os tratamentos dermatológicos fazem efeito para a maioria, é preciso, porém, combater a causa. As doenças podem ressurgir se a questão emocional não for resolvida. Alguns casos necessitam de acompanhamento psiquiátrico e psicológico, atividades fisicas, controle da alimentação e terapias alternativas, como acupuntura e ioga que são ótimos coadjuvantes para combater o mal. A seguir, saiba o que o stress pode fazer com o seu cabelo e como combater esse vilão:

Em queda livre

Todo fio de cabelo vai acabar caindo um dia. É que ele tem um ciclo de vida divido em três fases: a do crescimento que dura oito anos; a de transição que dura três semanas; e a telógena (de queda) que dura seis meses. Geralmente, 10% dos cabelos encontram-se na fase de queda. O stress, porém, pode aumentar essa quantidade para 20%, tornando a perda de fios perceptível. Ele lembra que os folículos pilosos, responsáveis pela formação dos pêlos, são a estrutura da pele com o maior número de nervos. Eles estão, portanto, mais suscetíveis aos danos do stress.
Tratamentos: Suplementos vitamínicos bloqueiam a queda e ajudam a formar novos fios. Os aminoácidos também minimizam os estragos causados pelo lado emocional. Loções à base de minoxidil prolongam a fase de crescimento.
Resultados: A estabilização da queda pode começar a dar sinais nos primeiros três meses, mas a média para que os cabelos voltem a crescer é de seis a oito meses.

Falhas e mais falhas
Se nota que os cabelos estão caindo aos tufos, fique alerta. Essa perda drástica dos fios é sinal de alopecia areata, um tipo mais grave de queda. Traumas e tensão excessiva podem dar início à produção de anticorpos que agridem o folículo piloso, fazendo o cabelo cair bastante. Por isso, é caracterizada como uma doença autoimune, em que defesas do próprio corpo atacam o organismo.
Tratamentos: Aplicações locais de corticoides e fototerapia ajudam a diminuir a ação dos anticorpos.
Resultados: Vão depender da resposta de cada organismo, mas cera de 70% dos casos têm a melhora espontânea. O controle da ansiedade e dos stress é fundamental para acelerar o processo.

Oleosidade em excesso
Vermelhidão, coceira e descamação (que provoca a famosa caspa) são algumas das consequências da dermatite seborreica. As causas ainda não foram esclarecidas, mas o stress agrava o problema, já que o cortisol aumenta a produção de sebo. A dermatite também pode atingir sobrancelhas e a área ao redor do nariz.
Tratamentos: Recomendam-se xampus à base de ácido salicílico e piritionato de zinco, indicado para aliviar a coceira. A piroctone olamina, princípio ativo que atua contra fungos, também ajuda no combate.
Resultados: Aparecem um ou dois meses depois do início do tratamento.